Historiadora Tertuliana Lustosa realiza performance erótica durante palestra na UFMA e gera polêmica nas redes sociais
- Redação
- 18 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Um vídeo da historiadora da arte e cantora Tertuliana Lustosa, também mestranda em Cultura e Sociedade, viralizou e causou controvérsia online. Na gravação, Tertuliana faz uma apresentação que inclui dança e exposição dos glúteos, o que gerou intensas discussões. Em pronunciamento, ela afirmou que não é a primeira vez que seu trabalho provoca reações e que já apresentou a performance em outras universidades brasileiras.
O incidente ocorreu durante uma mesa redonda na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no seminário “Dissidências de gênero e sexualidades”, organizado pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep), na última quinta-feira (17).
Durante a palestra, Tertuliana, que é travesti, executou uma performance enquanto cantava um brega funk intitulado "Educando com o C*", nome também de seu artigo acadêmico. A apresentação incluiu movimentos eróticos e culminou na exposição dos glúteos para a plateia, o que foi seguido por aplausos do público presente. No entanto, a cena gerou reações mistas nas redes sociais, com muitas críticas à realização da performance em um ambiente acadêmico.
Tertuliana, que além de pesquisadora é vocalista da banda "A Travestis", usou suas redes sociais para defender sua abordagem. Ela explicou que o objetivo de sua pesquisa é discutir o corpo e o prazer como ferramentas pedagógicas e artísticas, desafiando normas tradicionais. Em resposta às críticas, ela declarou: “Desde que apresentei pela primeira vez o ‘Educando com o C*’, as pessoas reagiram com indignação, acusando as universidades de promoverem desordem. No entanto, muitos não compreendem o que significa produzir conhecimento”.
Ela também se posicionou nas redes sociais, dizendo que a sua proposta pedagógica visa "educar com o c*" e que, como uma “trava das peste”, continuará a enfrentar os preconceitos e desafiar mentalidades conservadoras. “Levarei minha travestilidade nordestina onde quer que eu vá, sempre questionando o sistema”, afirmou.
Em nota oficial, a UFMA comunicou que está investigando o caso e tomará as devidas providências após ouvir todos os envolvidos, reafirmando seu compromisso com um ambiente acadêmico inclusivo e respeitoso.
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